A proposta partiu da Procuradoria-Geral da República do Chile, país-sede da Copa América, em meio a protestos contra o esquema de pagamento de propina a dirigentes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e suspeitas também contra a associação que representa o esporte no país andino.
De acordo com o FBI, dirigentes da Conmebol negociaram propinas de US$ 110 milhões (R$ 341 milhões) com a empresa Datisa (formada por J. Hawilla e pelos argentinos Alejandro Burzaco, Hugo e Mariano Jinkis, todos indiciados pelo FBI) em troca de contrato para comercializar publicidade e direitos de transmissão dos jogos das edições da Copa América de 2015, 2016 (Estados Unidos), 2019 (Brasil) e 2023 (Equador).
O pedido de colaboração aos Estados Unidos será enviado pelo procurador-geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, à secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch. Janot preside o grupo de procuradores do Mercosul, que se reúne periodicamente para definir estratégias conjuntas de atuação. “Há vários países interessados no caso e o pedido é fortalecido se for feito em bloco”, disse Janot. Para ele, a questão é mostrar aos norte-americanos o interesse que o Mercosul tem de apurar os crimes em cada um de seus países, informou Agência Estado.