Destacou-se que na mesma sessão foi igualmente aprovada uma resolução proibindo os EUA de fornecer sistemas portáteis de defesa aérea ao Iraque e à Ucrânia.
A notícia foi saudada pelo ministério das Relações Exteriores da Rússia, que destacou o fato de o Congresso norte-americano ter precisado de mais de uma ano para perceber que o grupamento Azov representa "uma junta de verdadeiros nazistas".
"Antes tarde do que nunca" – disse Aleksander Lukashevich, representante oficial da chancelaria russa.
Nas palavras do diplomata, o próximo passo lógico seria o de reconhecer finalmente que o golpe de Estado ocorrido em Kiev no ano passado, e ativamente apoiado por Washington, foi promovido pelos mesmos jovens nazistas.
"É óbvio que outros grupamentos da Guarda Nacional da Ucrânia não são nem pouco melhores que Azov. Os crimes sangrentos de nacionalistas ucranianos, que queimaram habitantes de Odessa vivos e que continuam a matar mulheres e crianças em Donbass, falam por si sós há tempos. Resta apenas saber quando Washington vai querer notá-los" – frisou Lukashevich.
Em abril quase 300 militares americanos chegaram à Ucrânia para participar de treinamentos militares conjuntos ucraniano-americanos Fearless Guardian 2015 na região de Lvov. Durante seis meses militares americanos irão treinar soldados da Guarda Nacional da Ucrânia e representantes dos centros de treinamento das Forças Armadas ucranianas.
Desde meados de abril de 2013 a Ucrânia começou a realizar uma operação militar para atacar as forças independentistas no leste da Ucrânia. Estas não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev. Os Acordos de Minsk, assinados pelo “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) em 12 de fevereiro de 2014, prevêem a retirada de tropas e o cessar-fogo completo, mas os representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.