Segundo o documento especial da CIA liberado sob o Ato da Liberdade da Informação (FOIA), o diretor da Agência de Inteligência Central (DCI) pode "aprovar, modificar ou rejeitar todas as propostas relativas à pesquisa em humanos."
"Há uma certa incoerência entre a exigência do presente regulamento e a realização do programa de interrogatórios. Eles não representam uma política coerente", disse o chefe da Federação de Cientistas Americanos (FAS) Steven Aftergood. O ex-diretor dos Médicos para os Direitos Humanos Nathaniel Raymond acrescentou que os experimentos com seres humanos, conforme definidos nos documentos da CIA e que incluem tortura, foram usados em supostos terroristas sem o consentimento deles.
"Se eles estavam realizando esta política quando as EIT [técnicas reforçadas de interrogatório] surgiram, eles não teriam sido autorizados a fazê-lo", disse Raymond.
Ele argumenta também que "qualquer pessoa de boa-fé" pode ver que o programa realiza experimentos com seres humanos.
Os experimentos em seres humanos são uma das muitas potenciais violações no assim chamado Programa Contra Terrorismo da CIA, que inclui também danos intencionais a detidos e ausência de documentos que evidenciem fatos de tortura.