O comitê dos representantes permanentes dos países da UE debate nesta quarta-feira a manutenção de medidas restritivas econômicas aplicadas pelo bloco europeu à Rússia e de sanções adotadas contra a Crimeia.
Recentemente, o representante permanente do Luxemburgo junto à UE, Christian Brown, informou que as sanções econômicas anti-Rússia, previstas para expirar no final de julho, poderiam ser mantidas por mais seis meses. Esse tempo seria usado para avaliar o cumprimento dos acordos de Minsk sobre a regulação da situação na Ucrânia.
A UE ainda deverá deliberar a data exata de prorrogação das sanções. A decisão formal definitiva sobre o assunto terá de ser tomada pelo Conselho Ministerial dos países-membros da UE.
As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho do ano passado, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas em relação a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não tem interferência no conflito interno ucraniano e possui interesse na resolução pacífica do conflito.
Os Acordos de Minsk, assinados pelo “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) em 12 de fevereiro de 2014, preveem a retirada de tropas e o cessar-fogo completo, mas os representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.