Segundo declarou Samoilis, o alvo da Grécia nas negociações é alcançar o acordo que respeitaria os interesses da maioria dos trabalhadores, e não assinar mais um memorando sobre a linha dura na economia. Esta última, na opinião de Samoilis, é mortífera para a economia do país.
“As negociações atuais com os nossos parceiros mostrarão se a Grécia continuaria a tomar decisões baseadas no modelo irracional da economia, que levaria mais pessoas à margem da pobreza, continuaria a derrubar o nosso sistema de seguridade social respeitando os interesses de grandes empresários, ou se a Europa e a Grécia mudariam o curso e tomariam a decisão democrática para o benefício da maioria. Se virmos que os nossos parceiros insistem numa política instável, a nossa responsabilidade será procurar outra saída, apresentá-la à sociedade e escolher democraticamente a via para o futuro”.
O parlamentar grego também opina que a possível saída da Grécia da zona do euro não seria o suicídio para ela:
“Não acho que algo mais do que a política dura na economia seria o suicídio para a Grécia. Acho que Grexit [abreviatura das palavras “Grécia” e “saída” em inglês – ed.] seria muito pior para a união monetária europeia do que para a economia de um país”.
Enquanto isso, Stefanos Samoilis classificou o inicio de negociações sobre a dívida da Grécia com os parceiros europeus como um grande sucesso.
Donald Tusk, que preside as reuniões dos líderes europeus, telefonou-lhes na noite da segunda-feira para "urgentemente discutir a situação na Grécia num nível político mais alto", porque ficou frustrado com a falta de progresso duas semanas antes o dia quando Atenas deve pagar a sua dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A nova ronda das negociações será a maior em 16 anos da existência da zona do euro.
Enquanto os políticos discutem as medidas para salvar a economia da Grécia, os gregos entraram em pânico – em três dias, de 15 a 18 de junho eles levantaram das suas contas bancarias €2 bilhões, divulgou a agência Reuters.