Mais cedo, Poroshenko pediu ao Tribunal Constitucional da Ucrânia para reconhecer a lei sobre privação do cargo de presidente de Viktor Yanukovich como inconstitucional. Pushkov disse à RIA Novosti que Poroshenko admitiu que Yanukovich só poderia ter sido removido do seu cargo por meio de impeachment.
Ele lembrou que a Rússia e muitos advogados europeus apontaram para a remoção inconstitucional de Yanukovich, mas o Parlamento Europeu, o Conselho da Europa e APCE ignoraram totalmente este fato. A insistência da delegação russa para entender o que aconteceu na Ucrânia em fevereiro de 2014, e todos os pedidos foram rejeitados pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, enfatizou Pushkov.
A operação antiterrorista anunciada pelo governo interino da Ucrânia teve por objetivo declarado “acalmar” o Leste do país, que não gostou do golpe de Estado realizado um mês e meio antes em Kiev, quando a bancada de Yatsenyuk chegou ao poder na Suprema Rada, após a saída do país do presidente eleito, Viktor Yanukovich.
O poder foi tomado por nacionalistas ucranianos, que antes tinham se posicionado a favor do “rumo europeu” do país, em contrapeso às vacilações eurasiáticas do presidente Yanukovich.