Poroshenko reconhece que seu antecessor foi destituído ilegalmente

Pyotr Poroshenko em Munique
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O presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma de Estado russa, Aleksei Pushkov, disse que o presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko reconheceu a inconstitucionalidade da remoção de Viktor Yanukovich do poder e a legitimidade da posição russa de que na Ucrânia foi cometido um golpe de Estado.

Mais cedo, Poroshenko pediu ao Tribunal Constitucional da Ucrânia para reconhecer a lei sobre privação do cargo de presidente de Viktor Yanukovich como inconstitucional. Pushkov disse à RIA Novosti que Poroshenko admitiu que Yanukovich só poderia ter sido removido do seu cargo por meio de impeachment. 

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"Em fevereiro de 2014 não foi anunciado qualquer impeachment de Yanukovich e isso confirma plenamente a legitimidade da posição russa de que na Ucrânia foi cometido um golpe inconstitucional e confirma o direito das partes da Ucrânia que não concordaram com o novo poder ilegal", disse o deputado.

Ele lembrou que a Rússia e muitos advogados europeus apontaram para a remoção inconstitucional de Yanukovich, mas o Parlamento Europeu, o Conselho da Europa e APCE ignoraram totalmente este fato. A insistência da delegação russa para entender o que aconteceu na Ucrânia em fevereiro de 2014, e todos os pedidos foram rejeitados pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, enfatizou Pushkov.

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Em 7 de abril de 2014, após a ocupação de prédios administrativos em Carcóvia e Donetsk, o então presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou “medidas antiterroristas” contra “aqueles que pegarem em armas”. Tal foi o início da chamada operação antiterrorista que se arrasta até hoje.

A operação antiterrorista anunciada pelo governo interino da Ucrânia teve por objetivo declarado “acalmar” o Leste do país, que não gostou do golpe de Estado realizado um mês e meio antes em Kiev, quando a bancada de Yatsenyuk chegou ao poder na Suprema Rada, após a saída do país do presidente eleito, Viktor Yanukovich.

O poder foi tomado por nacionalistas ucranianos, que antes tinham se posicionado a favor do “rumo europeu” do país, em contrapeso às vacilações eurasiáticas do presidente Yanukovich.

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