“Habitualmente são concedidos créditos até 300 mil kronas suecas [cerca de 115 mil reais brasileiros]. Neste caso eles [os jihadistas] tomam tantos créditos quantos puderem”, disse à emissora Sveriges Radio Martin Frimansson, especialista em assuntos de financiamento de terrorismo na Polícia de Segurança sueca.
Graças ao crédito, os novatos da jihad podem organizar a sua vida quando chegam à Síria. Quanto mais dinheiro trazem com eles, mais alto é o seu status na organização terrorista.
“Se você tem dinheiro, um veículo ou se você por acaso trouxe um grupo de pessoas, você automaticamente se torna num comandante. Se você não tem dinheiro, nem um veículo, se não tem nada – irá conduzir uma ambulância no melhor dos casos”, explica Frimansson.
Em conformidade com a lei, os bancos devem tomar medidas sérias para impedir o financiamento do terrorismo, mas a Polícia de Segurança diz que a lei não funciona e planeja endurecê-la. Por exemplo, é possível não só obrigar os credores a denunciar imediatamente os atrasos de pagamentos, mas também impor exigências mais rigorosas aos clientes.
Neste momento, quando a Polícia revela uma fonte qualquer de financiamento da atividade terrorista, é demasiado tarde para agir: os culpados já desapareceram meses atrás.