“As previsões, feitas no final de 2014 com base de dados de 2014, refletiam as piores expectativas. Mas revelou-se que elas foram subvalorizadas, e os novos dados superaram os nossos cálculos”, disse Scheiblecker.
Ele acrescentou que as maiores perdas foram registradas no comércio por grosso, no setor da construção e no comércio a retalho, e em seguida, na agricultura.
“Se agora as sanções fossem levantadas, seria mais fácil renovar o volume de negócios e compensar as perdas dos anos 2014-2015. Mas em qualquer caso o desenvolvimento será constrangido pelo enfraquecimento do rublo e a diminuição dos preços do petróleo <…> Assim, se as sanções forem suspensas num futuro próximo, as perdas serão aproximadamente as mesmas que em 2014-2015; se as sanções se prolongarem para além disso, as perdas serão proporcionalmente maiores”, explicou o economista.
“Isso também se aplica a Finlândia e a Polónia. Todos estes países têm sofrido grandes perdas”, frisou.
Na sexta-feira, o jornal Die Welt, citando o Instituto Austríaco de Investigação Econômica, informou que a crise econômica na Rússia, provocada pelas sanções da União Europeia, poderá custar à Europa um prejuízo de 100 bilhões de euros nos próximos anos e custar 2 milhões de vagas de trabalho. Segundo a pesquisa, a maior prejudicada será a Alemanha.
As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho do ano passado, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas em relação a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções.
O Ministério das Relações Exteriores declarou por sua vez que a prorrogação das sanções contra a Crimeia é uma tentativa de "punir" os habitantes da península por uma livre escolha em favor da reunificação com a Rússia.