Com a Revisão da Postura Nuclear de 2010, o presidente americano, Barack Obama garantiu ao mundo que o seu país não produziria novas tecnologias militares dotadas de potencial nuclear, com o intuito de, aos poucos, reduzir a zero o estoque das armas atômicas em todo o planeta. No entanto, segundo Murdock, a política nuclear zero não é recomendada para Washington neste momento, uma vez que há supostas ameaças surgindo em meio a potenciais adversários dos EUA.
"A mudança na política é que não é mais necessário aos EUA deixar de produzir novas armas ou novas capacidades nucleares. Outras nações estão construindo armas destinadas a um uso mais discriminado no campo de batalha", argumentou o especialista, defendendo os investimentos em armamentos nucleares de pequeno porte, opções "robustas", "discretas" e "discriminadas" de resposta.
O desenvolvimento de armas nucleares com efeitos especiais, capazes de baixo dano colateral e alta precisão é "possível com uma mudança de política", pois a tecnologia para isso já está disponível, de acordo com o analista americano.
Em 2010, os governos de Estados Unidos e Rússia concluíram um acordo para reduzir progressivamente os seus arsenais nucleares, numa espécie de novo tratado Start (Strategic Arms Reduction Treaty, assinado por EUA e União Soviética em 1991). Segundo a Casa Branca e o Departamento de Estado norte-americano, os dois países têm cumprido, até o momento, todos os pontos desse compromisso.