Comentando a possível resposta de Moscou a esta nova intimidação, representantes do Kremlin declararam que suas ações serão pautadas no princípio da reciprocidade.
O primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev já decretou que seja preparada uma resposta de Moscou à prorrogação das sanções da UE. Em particular, o gabinete de ministros pretende apresentar ao presidente a proposta de prolongar em mais meio ano o "embargo alimentar" imposto pela Rússia aos países da UE. O documento já começou a ser preparado pelo Ministério da Agricultura russo.
As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho do ano passado, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas em relação a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções.
Comentando a mais recente decisão da UE, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, informou que Moscou considera a prorrogação das sanções infundada e ilegal, e destacou que o Kremlin agirá com base no princípio de reciprocidade.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, declarou que Bruxelas está deliberadamente abafando o fato de o prolongamento das medidas restritivas da UE contra Moscou provocar a perda de centenas de milhares, senão milhões de empregos na Europa.
Enquanto isso, as sanções contra a Rússia e as medidas-resposta de Moscou já repercutem seriamente sobre tradicionais parceiros comerciais como a Itália. Segundo informou o presidente do conselho de diretores do banco italiano Intesa, Antonio Sanpaola, em entrevista à Sputnik, as perdas da Itália em decorrência das sanções somam mais de 5 bilhões de euros.