“Nós queremos conversar com todos, vamos conversar com o principal líder da oposição venezuelana – que é Henrique Capriles, que não foi procurado pela comitiva anterior – vamos conversar com as mulheres dos presos da Venezuela, queremos conversar com o governo. Agora, queremos ter uma posição equilibrada. A última coisa que nós queremos é que a Venezuela entre num processo de guerra civil. Isso é ruim para a Venezuela, é ruim para o Brasil, ruim para a América Latina”, afirmou o senador.
Lindbergh lembrou que a situação político-institucional na Venezuela é “gravíssima”, que já houve confrontos de rua e que 43 pessoas morreram. Ele garantiu que a nova comitiva vai defender a “legalidade democrática e a realização de eleições diretas”. No entanto, o senador admitiu que a comissão, da qual fará parte, só foi proposta porque a comitiva anterior foi hostilizada no país.
Na última semana, os oito senadores brasileiros que foram à Venezuela tiveram que retornar no mesmo dia, porque foram agredidos ao sair do aeroporto, com insultos e objetos atirados contra o ônibus em que estavam. Para Lindbergh, os senadores formaram uma “comissão partidária” que viajara para ouvir apenas um dos lados, acirrando o clima de tensão no país.
O senador petista classificou ainda de “preguiçosa” a visita dos colegas da oposição, uma vez que eles não insistiram em ficar no país, após o episódio de hostilidade, para cumprir a agenda prevista.
Além de Lindbergh Farias, integram a nova comitiva os senadores Telmário Mota (PDT-RR), Lídice da Mata (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Roberto Requião (PMDB-PR), que presidirá o grupo, informou Agência Brasil.