Ativistas austríacos iniciam votação para saída da União Europeia

© AFP 2023 / Joe KlamarBandeira da Áustria
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Os ativistas do movimento político austríaco “Pátria e Meio Ambiente” pretendem realizar um referendo sobre a saída do país da União Europeia.

Eles planejam coletar 100 mil assinaturas para propor o projeto de lei no Conselho Nacional da Áustria, relata InoTV, citando o jornalista da edição Kurier.

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Segundo a líder do movimento, Inge Rauscher, os austríacos não têm direitos “porque toda a União Europeia é uma ferramenta de tutela com características ditatoriais e centralismo”. A votação sobre a iniciativa começa hoje, 24 de junho, mas durante o período preparatório ela já foi assinada por cerca de 10 mil austríacos.

“Nós não somos uma nação soberana dentro da UE. Mais de 80% das leis com que lidamos diariamente, são feitas por Bruxelas. Na nossa opinião, a Europa não é uma democracia. Mesmo o Parlamento Europeu não tem funções legislativas. Nós apenas queremos determinar o curso das coisas no nosso país sem controle externo. Além disso, nós vemos a desaceleração econômica que começou com a entrada na UE. Isso afeta a capacidade dos consumidores. De acordo com os especialistas, após a introdução do euro ela caiu em 50%”, disse Rauscher.

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Na opinião dela, a partir do ponto de vista econômico, a Áustria se beneficiará da saída da União Europeia, conseguirá reduzir o nível de desemprego e controlar os fluxos migratórios de forma independente. Além disso, segundo ela, a Áustria será capaz de restaurar a sua neutralidade, o que é impossível sob política única da UE.

“O princípio da neutralidade, ou seja, de igualdade de tratamento de todos os países, não é possível na UE. As sanções contra a Rússia são um exemplo flagrante. De fato, elas são uma arma econômica e claro que somos contra elas. Estas sanções são contrárias ao direito internacional”, explicou Rauscher.

Além disso, a iniciativa deve se tornar um obstáculo ao envolvimento da Áustria no conflito militar que a OTAN tenta iniciar.

“A expansão da OTAN para leste e sua política agressiva em relação à Rússia põe em perigo a paz na Europa. Isso deve ser considerado um ato agressivo. Se retomarmos a neutralidade, a Áustria será mais uma voz no mundo a favor do respeito pelo direito internacional e do abandono desta política agressiva”, disse.

Segundo Rauscher, o próximo passo após a iniciativa seria a adesão à Associação Europeia de Comércio Livre, a introdução da moeda nacional e da democracia direta à semelhança da Suíça.

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