De acordo com o levantamento do Infopen – Sistema Integrado de Informações Penitenciárias do Ministério da Justiça, são 299,7 presos por 100 mil habitantes. O número coloca o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de taxa de aprisionamento, perdendo apenas para os Estados Unidos, a China e a Rússia. O Brasil foi o único país que registrou aumento de 33% na taxa de encarceramento nos últimos cinco anos.
Segundo o estudo, se for mantido esse crescimento do encarceramento, a população prisional do país vai ultrapassar a marca de um milhão de indivíduos em 2022.
A pesquisa faz parte da mobilização do Governo contra a redução da maioridade penal, que deve ser votada no plenário da Câmara até o dia 30 deste mês.
Para o ministro da Justiça, a saída é ampliar o prazo de internação para os jovens que cometerem crimes hediondos, oferecendo tratamento para recuperar os jovens infratores. “Nós estamos propondo uma alteração no Estatuto da Criança e do Adolescente para que jovens que pratiquem crimes hediondos, com violência ou grave ameaça, fiquem mais tempo, não fiquem só três anos. Mas aí nós temos que nos preocupar em dar um tratamento para recuperar esses jovens, e não o oposto. Se o Brasil seguir essa linha da redução da maioridade penal, não só num curto espaço de tempo nós vamos aumentar a violência nas ruas, e é isso que todos os especialistas dizem, e, mais, teremos um colapso do nosso sistema prisional.”
Ainda conforme o levantamento da situação prisional no Brasil, o Estado de São Paulo tem 219.053 pessoas detidas, o que corresponde a cerca de 36% da população prisional do país. Minas Gerais vem em segundo lugar no ranking, com 61.286 presos, e o Rio de Janeiro está na terceira posição, com 39.321 presos no sistema. Já o Estado de Roraima tem a menor população carcerária em números absolutos, com 1.610 presos.