Nesta segunda-feira, representantes de 50 países-cofundadores do AIIB assinaram, em Pequim, o acordo sobre a criação do banco, dando início formal à sua atividade.
A Rússia é a terceiro maior país cofundador, com 65.362 ações e 5,92% dos votos. Os primeiros são a própria China (20,06% dos votos) e a Índia (7,5% dos votos).
O quarto lugar nesta lista é ocupado pela Alemanha e o quinto, pela Coreia do Sul.
Os especialistas contatados pela Sputnik destacam que os três maiores acionistas do novo banco são todos membros dos BRICS e também da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês; a Índia ainda não é parte desse bloco, mas será a partir da semana que vem), o que implica mais poder para a China.
Para o economista Sergei Khestanov, o AIIB é uma "pequena alternativa ao Banco Mundial para a região asiática". Porém, a participação de países como a Austrália, Alemanha, França, Reino Unido etc., — 57 países em total — demonstra uma abrangência maior. Até há entre os acionistas países que fazem parte de grupos como o G7 e outros tradicionais parceiros dos EUA.
Os próprios EUA e o Japão estão entre os ausentes. Para Fang Mingtai, da Academia das Ciências da China, esta ausência é devida à "assimetria informativa" desses países, que os impediu de ver a envergadura real do projeto.
Segundo o cientista, as acusações de falta de transparência no AIIB são "ridículas", já que o banco só começa a funcionar e madurará com o tempo.