“Primeiramente acreditamos que o desconto deve ser principalmente no interesse do Estado russo, nos interesses do orçamento, da Gazprom e da oportunidade de garantir o fornecimento de gás aos consumidores ucranianos”, disse Novak na quarta-feira em entrevista ao canal de TV Rossiya 24.
Ele acrescentou que o desconto corresponde aos preços praticados em territórios adjacentes à Ucrânia. Mas Kiev declarou que espera maiores descontos – cerca de 30%, notou o ministro.
Por sua vez, a Gazprom confirmou a suspensão do fornecimento de gás à Ucrânia a partir das 10.00 (horário de Moscou) de 1 de julho. De acordo com o presidente da companhia, Aleksei Miller, a Rússia só irá fornecer gás ao país em sistema de pré-pagamento.
O vice-presidente da aliança energética da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, disse que a CE espera um plano financeiro da Ucrânia sobre o gás antes de fornecer o apoio.
O trânsito de gás através do território da Ucrânia para os clientes da Gazprom na Europa continua a ser feito ao em virtude dos contratos vigentes, acrescentou na nota.
As negociações tripartidas foram precedidas por reuniões bilaterais entre a Comissão Europeia e as delegações da Rússia e da Ucrânia.
A Ucrânia já havia expressado a sua não concordância com as condições propostas pela Rússia, que incluíam um desconto de 40 dólares e um preço final de 247,18 dólares por mil metros cúbicos. Kiev também disse que tinha a intenção de receber gás de outras fontes.
O ministro da energia russo Alexander Novak, por sua vez, indicou que a Rússia não irá negociar um desconto sobre o preço do gás para o terceiro trimestre, uma vez que a decisão já foi tomada e aprovada pelo governo russo.