O EI também critica o Hamas por ter negócios com entidades “nacionalistas” e “secularistas” como o Irã e o movimento xiita Hezbollah, no Líbano.
Posando com rifles de assalto Ak47, três homens endereçam a sua mensagem aos “tiranos do Hamas”:
“Vamos arrasar o Estado Judaico [Israel], vocês e o Fatah e todos os secularistas não são nada e vocês serão esmagados pelas nossas multidões crescentes”, diz um dos militantes no vídeo.
“O domínio do sharia [lei islâmica] será implementado em Gaza, apesar de vocês”, adicionam os terroristas do EI.
Curiosamente, o Estado Islâmico fala pouco e é bastante comedido sobre o governo israelense, embora este oprima os palestinos e não siga a sharia.
As possíveis versões do aparecimento de tal vídeo são comentadas por Akram Atalla, o especialista em questões de Israel, jornalista do jornal palestino Al-Ayyam.
“Esta vídeo-mensagem, em que o EI ameaça o Hamas com derramamento de sangue, pode ser uma farsa. Ou ela foi feita por militantes comuns que tiveram um conflito pessoal com o Hamas”, disse.
Entretanto, há outra versão:
“Este vídeo poderia ter sido feito com a aprovação do lado israelense, para usar a ameaça proveniente do Estado Islâmico na Faixa de Gaza como um novo pretexto para operações militares na própria Faixa [de Gaza]”, diz especialista.
“Porém, vale notar que, apesar da força suficiente do Hamas para manter o controle do enclave palestino, o EI representa mesmo assim uma grave ameaça para eles. Isso porque a organização terrorista tem experiência de guerra com exércitos regulares (governamentais), como aconteceu na Síria e no Iraque”, conclui o especialista.