O fundo financeiro vai ter um capital inicial de US$ 100 bilhões, com aporte de US$ 41 bilhões da China, US$ 18 bilhões do Brasil, da Índia e da Rússia, cada um, e US$ 5 bilhões da África do Sul.
De acordo com nota do Ministério das Relações Exteriores, “o Arranjo tem por finalidade prover recursos temporários aos membros do BRICS que enfrentem pressões em seus balanços de pagamento.”
Ainda conforme a Chancelaria do Itamaraty, o Arranjo Contingente de Reservas do BRICS vai contribuir para promover a estabilidade financeira internacional, na medida em que complementará a atual rede global de proteção financeira. O mecanismo também vai reforçar a confiança dos agentes econômicos e financeiros mundiais e amenizar o risco de contágio de eventuais choques que possam afetar as economias do bloco.
Na Cúpula de Fortaleza, em 2014, foi também dado início à criação do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS. Segundo o Itamaraty, está prevista para a próxima semana a conclusão do processo de retificações para que o Banco entre em operação.
O NBD do BRICS tem como função promover políticas de desenvolvimento em infraestrutura nos países-membros do bloco. Seu capital inicial é de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias.
Para o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores, Embaixador José Alfredo Graça Lima, o Fundo e o Banco dos BRICS vão trazer uma renovação para o desenvolvimento do bloco. “Vão dar uma cara nova ao BRICS, em primeiro lugar, e vão contribuir de maneira bastante satisfatória para a complementação do papel que já fazem o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial”, diz o Embaixador Graça Lima.
A próxima Cúpula do BRICS acontecerá nos dias 9 e 10 de julho em Ufá, na Rússia, com a presença dos líderes dos cinco países que compõem o grupo, incluindo a Presidenta Dilma Rousseff. O tema desta VII Cúpula é “Parceria dos BRICS: um fator pujante do desenvolvimento global”.
Também deve ser assinado um plano de ação com sugestões para aumentar e diversificar a cooperação entre os países em áreas como comércio, agricultura, investimentos, ciência, tecnologia e inovação, educação e energia.