O governo francês, porém, negou o pedido, dizendo em nota que, depois de examinar, com profundidade a carta, “levando em conta os elementos jurídicos e a situação de Assange, a França não pode satisfazer sua reivindicação”. O comunicado alega que a situação do fundador do WikiLeaks “não implica em perigo imediato” e lembra que “há um mandato de prisão europeu” contra ele.
Julian Assange está refugiado na Embaixada do Equador em Londres há três anos. Ele não pode deixar a casa diplomática, pois corre o risco de ser preso e extraditado para a Suécia, onde é acusado de estupro e abusos sexuais de duas mulheres. O fundador do WikiLeaks afirma que isto seria apenas uma ponte para que seja enviado para os EUA. A Justiça norte-americana pode condená-lo à prisão perpétua por vazar segredos de Estado do país.
O WikiLeaks publicou aproximadamente 600 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano e das Forças Armadas dos EUA que revelavam como o país agiu nas guerras do Iraque, do Afeganistão e em questões diplomáticas.
O portal divulgou na semana passada grampos telefônicos da Agência Nacional de Segurança (NSA), entre 2006 e 2012, em linhas usadas pelos presidentes franceses François Hollande, Nicolas Sarkozy e Jacques Chirac.