No mês passado o chanceler belga Didier Reynders declarou a intenção do seu país de encerrar a sua participação da coalização internacional contra o EI pelas razões ligadas ao orçamento do Ministério da Defesa aprovado pelo governo de Charles Michel.
Em junho deste ano o Ministério da Defesa da Bélgica manifestou que caças belgas fizeram 726 voos, e o tempo total dos voos constituiu 3.210 horas. As fontes no governo recusaram várias vezes comentar os resultados dos voos, avaliando os “eficazes”.
Porém, as autoridades do país declararam a possibilidade de retomada de participação belga da coalizão nas condições de revezamento justo com a Holanda e outros países da coalizão.
Por exemplo, o assessor do ministro de Informação da Síria Ali Al-Ahmad opina num comentário para a Sputnik que a Bélgica está farta com as despesas não necessárias:
“Nós ouvimos muitas vezes como muitas pessoas na Europa duvidam a eficiência desta coalizão e as suas operações. Na Bélgica e na Itália tem a maior porcentagem dos que opõem estes gastos imensos e ineficazes. A Bélgica encarnou o descontento dos Estados europeus com as ações da coalizão”.
“O objetivo principal desta coalizão é manter o status-quo na região, para que ninguém ganhe e o derramamento de sangue seja estendido por muito tempo até que os EUA não atingem os seus interesses na região”, acrescentou.
Enquanto isso, o Irã toma cada vez mais iniciativa na luta contra os terroristas do EI porque como as autoridades sírias também não acreditam na coalizão liderada pelos americanos.
“O Irã tem uma atitude muito cética em relação às atividades da assim chamada coalizão e em primeiro lugar duvida os objetivos reais desta organização de luta contra o EI. Porque muitos participantes desta coalizão de forma qualquer apoiavam o EI anteriormente”, disse à Sputnik Reza Hojjat-Shamami, um dos chefes do Centro de Pesquisa sobre Irã e Eurásia em Teerã.
Enquanto isso o Irã tem planos de encabeçar a coalizão regional de luta contra o EI. Comenta Seyed Hadi Afghahi, especialista em Oriente Médio e ex-funcionário da embaixada iraniana no Líbano:
“É claro que para o Irã é muito importante que os países-aliados vizinhos, tais como Iraque, Paquistão e Afeganistão juntaram-se e começaram a cooperação. Caso fosse criada a aliança com o Afeganistão e o Paquistão, onde os terroristas da Al-Queda e do Estado Islâmico tentam ampliar a sua influência, e mesmo a aliança com outros Estados, o Irã poderia se tornar o fundador e o autor espiritual da aliança, tendo em conta a experiência iraniana em combate ao terrorismo. A aliança terá sucesso. Porque os países da coalizão internacional, tais como os EUA, o Reino Unido ou a França na realidade não querem a prosperidade, paz e estabilidade na nossa região. É favorável para eles que aqui fosse caos, tenha guerras entre xiitas e sunitas”.