Explicando a sua afirmação sobre a probabilidade de 100 por cento da saída da Grécia da zona do euro, ele disse que o dinheiro vivo está se esgotando no país.
“Para pagar salários o governo grego terá que oferecer os seus próprios títulos de dívida à população e esses títulos acabarão por se tornar em novo dracma [moeda grega antes do euro]”, opina Young.
Além disso, segundo ele, quando alguma moeda começar a circular na Grécia paralelamente ao euro, isto de fato significará o fim do euro no país. Entretanto, frisa Young, o lev búlgaro já começou a circular no norte da Grécia porque os gregos se sentem mais cômodos a usá-lo e fazer transações nesta moeda.
Falando da tática da União Europeia nestas circunstâncias, o economista disse o seguinte:
“Eu acho que agora a União Europeia, nomeadamente a zona do euro, tentará criar um certo casulo em torno dos existentes membros da zona do euro. O que nós temos é uma consequência da política econômica ruim que tem suas raízes 10-15 anos atrás. Desde o momento das crises de 2000 e 2008 não foram tomadas medidas de saneamento na zona do euro. O que nós temos é uma sociedade antiempresarial na qual ninguém quer investir”.
A previsão dele é pessimista:
“A zona do euro está em situação muito complicada… A Itália está de fato em bancarrota. A Espanha é de fato incapaz. E em França 57 por cento da economia é controlado pelo governo que, cedo ou tarde, não poderá arranjar meios para sustentar o financiamento da dívida”.