Segundo Feltman, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai acolher a forte intenção dos países BRICS para reformar o Conselho de Segurança da ONU, a fim de torná-lo mais representativo para os Estados com crescente influência política e econômica mundial.
"O próprio Secretário-Geral falou sobre a necessidade de reforma do Conselho de Segurança, a necessidade de as instituições evoluírem e refletirem o mundo como ele é hoje. Eu sei que o Secretário-Geral vai ser muito solidário com os Estados membros que tratam seriamente a questão da reforma do Conselho de Segurança", afirmou o entrevistado.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes com poder de veto — China, Rússia, França, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos — e dez membros não-permanentes, eleitos pela Assembleia Geral para um mandato de dois anos.
Rússia e China também formam parte do clube BRICS de países emergentes, juntamente com Brasil, Índia e África do Sul. Representantes das cinco nações estão reunidos na cidade russa de Ufa para intensificar a integração e providenciar assistência financeira para projetos nos países membros, bem como em outros mercados em desenvolvimento.
Em Ufa, presidenta @dilmabr posa ao lado dos demais líderes do #Brics #DilmaNaRussia http://t.co/XGMYJLv66y pic.twitter.com/DB6ftdXzwa
— TVDilma (@TVDilma) 9 julho 2015
Feltman reconheceu que os países BRICS têm grande peso político, mas observou que nem o grupo nem qualquer outro bloco de países pode ser considerado como uma alternativa para o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Os BRICS representam um conjunto muito importante de países, e há muitos exemplos em que o formato dos BRICS pode ser útil para os desenvolvimentos internacionais, a paz, a segurança etc. Acho que todos nós reconhecemos a força do formato BRICS (…), mas eu acho que é difícil para qualquer outra organização ou grupo de Estados replicar o Conselho de Segurança", concluiu Feltman.