EUA querem saber quem usou armas químicas na Síria, mas por que agora?

© AP Photo / United media office of ArbeenMember of UN investigation team taking samples of sands near a part of a missile that is likely to be one of the chemical rockets according to activists, in Damascus countryside of Ain Terma, Syria
Member of UN investigation team taking samples of sands near a part of a missile that is likely to be one of the chemical rockets according to activists, in Damascus countryside of Ain Terma, Syria - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos divulgaram no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução de criação de um mecanismo para determinar os culpados pelo uso de armas químicas na Síria, disse o representante permanente da China na ONU, Liu Jieyi.

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Segundo as suas palavras, “é possível trabalhar com o documento mas isso depende, espero, do apoio de todos os membros”. 

OS EUA já tinham anteriormente manifestado a intenção de formar um mecanismo para determinar os culpados pelo uso de armas químicas na Síria, tendo efetuado consultas fechadas sobre esta questão com os outros membros do Conselho, inclusive com a Rússia. 

Mas por que se lembraram os EUA desta questão agora, já que o acordo entre a Rússia e os EUA sobre o desarmamento químico da Síria foi firmado no dia 14 de setembro de 2013? Além disso, segundo a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), 97,8% dessas armas já foram retiradas do território sírio. A estimativa das autoridades é a de que o processo de destruição desse arsenal seja finalizado até setembro deste ano. 

Yehiya Sulaiman, general-major do exército sírio e especialista em questões militares e estratégicas comentou a iniciativa estadunidense:

“Os Estados Unidos usam este assunto sempre que não há mais nada a mostrar na arena política… Os dirigentes da ONU mencionaram anteriormente que a Síria provou empenho no assunto em questão, e que não há armas químicas na Síria. É uma espécie de guerra psicológica, tendo em conta que viram os sucessos do Exército Sírio contra os ‘poderes negros’ [o EI e grupos armados da oposição radical síria]. Como tal, os Estados Unidos decidiram voltar a abrir e reconsiderar ficheiros antigos para compor a situação… Quanto à Síria, esta recusará qualquer tentativa de subestimar a sua soberania”.

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