“As negociações levaram eras porque o outro lado estava se recusando a negociar. Eles insistiam em um ‘acordo abrangente’, que significava que queriam falar sobre tudo. Minha interpretação é que quando você quer falar sobre tudo, você não quer falar sobre nada. Mas concordamos com isso. E olhe, não havia posições sobre nada apresentadas por eles”, disse Varoufakis.
O ex-ministro grego disse também que as propostas apresentadas pelo Eurogrupo eram “absolutamente impossíveis”, “totalmente inviáveis” e “tóxicas.”
Segundo Varoufakis, o ministro da Economia da Alemanha, Wolfgang Schauble chegaria, se possível, ao ponto de impedir processos democráticos em países endividados.
O ex-ministro grego pediu demissão de forma surpreendente no dia 6 de julho, um dia depois do referendo em que o povo grego disse “não” às medidas de austeridade propostas pelos principais credores do país. Varoufakis justificou sua demissão afirmando ter chegado a seu conhecimento a informação de que certos participantes do Eurogrupo preferiam sua “ausência” nas reuniões.
Varoufakis foi substituído por Euclides Tsakalotos, que até então chefiava o time grego nas negociações com os credores.