A situação entra em paralelo com a crise da Grécia, embora a Alemanha, parecendo ter esquecido as lições do passado, mantenha-se relutante em fazer concessões semelhantes às que lhe beneficiaram.
"O principal credor a exigir que os gregos sejam obrigados a pagar por licenciosidades passadas se beneficiou não muito tempo atrás de termos mais brandos do que os que está agora preparado para oferecer", escreveu o Der Spiegel, citando o New York Times.
A saída da Grécia da zona do Euro poderia ter consequências negativas mesmo para os distantes EUA, observa o Der Spiegel. Segundo o jornal, um colapso na Europa e um transbordamento da crise poderia ter uma influência negativa sobre o crescimento da economia norte-americana. Os EUA, aliás, têm um problema semelhante em sua vizinhança mais próxima, em Porto Rico. A dívida esmagadora do território norte-americano no Caribe já se situa em 72 bilhões de dólares.
De acordo com Obama, a Grécia deve ser autorizada a retomar suas reformas e receber uma oportunidade de retornar ao crescimento econômico. Assim, segundo o Der Spiegel, é hora de Merkel abandonar a linha dura e se disponibilizar para um compromisso mais aceitável para os gregos.