“Foi lançado um apelo para voltar ao quadro jurídico da resolução 2166 [resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre necessidade de investigação independente, multilateral e escrupuloso do acidente] que resta como a única base aceitável para a colaboração da comunidade internacional no estabelecimento das razões da queda do avião malaio”, diz-se no comunicado do Ministério do Exterior russo.
A chancelaria russa notou que até o momento não havia precedentes de criação de tribunais internacionais para começar ações penais contra as pessoas culpadas em ações contra aviação civil:
“Ninguém apresentava propostas de criar o tribunal em 1988, quando foi abatido o avião civil iraniano acima do golfo Pérsico, ou em 2001 após a catástrofe com o avião civil da empresa russa Sibir (Sibéria). A pressa em promoção da resolução e a sua ampla zona de aplicação fazem pensar que alguns Estados tentam achar o pretexto para manipular a tragédia com MH17 para exercer pressão sobre a Rússia”.
Entretanto a China solidariza-se com a posição russa apoiando o ponto de vista de que a investigação do acidente com Boeing malaio na Ucrânia em julho de 2014 deve ser realizada com base na resolução 2166, tomada pelo Conselho de Segurança da ONU, declarou nesta quinta-feira a chancelaria chinesa à agência noticiosa russa RIA Novosti:
“A catástrofe do avião civil da Malaysia Airlines MH17 é a tragédia. O lado chinês apoia a investigação independente, justo e objetivo de acordo com a resolução 2166 do Conselho de Segurança da ONU e chamar os culpados à responsabilidade”.
O Ministério das Relações Exteriores da China também exprimiu a esperança de que o “Conselho de Segurança conseguirá manter a unidade e garantirá a resolução da questão sobre MH17 de modo devido”.