Em meio a suposições de que o seu governo poderia estar tentando se entender com um inimigo de longa data dos EUA através de um compromisso que pode não durar muito, Obama garantiu que isso não mudará a situação entre os dois países.
"Mesmo com esse acordo, nós continuaremos tendo profundas diferenças com o Irã", disse o líder norte-americano. "O Irã ainda impõe desafios aos nossos interesses e valores", explicou ele, citando um suposto apoio de Teerã a organizações terroristas com o objetivo de desestabilizar certas zonas do Oriente Médio.
"Nós tentaremos encorajá-los (os iranianos) a seguir um caminho mais construtivo? É claro. Mas não estamos apostando nisso".
Apenas um dia depois do histórico acordo entre o Irã e o grupo do P5+1, formado por EUA, Rússia, França, Alemanha, China e Reino Unido, um funcionário do Departamento de Estado norte-americano declarou à Sputnik que a assinatura desse documento não exclui a necessidade da presença da defesa antimíssil dos EUA na Europa, instalada para fazer frente às ameaças iranianas. Mesmo que, como lembrou o chanceler russo, Sergei Lavrov, o presidente Obama tenha declarado, em 2009, que a defesa antimíssil na Europa deixaria de ser relevante quando esse acordo fosse alcançado.