E isso é absolutamente correto. O Irã é um terreno atrativo para negócios, inclusive para a aviação civil. O volume de investimentos no mercado de aviação iraniano é avaliado em até 20 bilhões de dólares, e, não por acaso, está na mira das maiores fabricantes de aviões do mundo: Boeing e Airbus. Afinal de contas, ele é um verdadeiro oásis para empresas produtoras de aeronaves.
Sem dúvida não se trata apenas de uma questão meramente econômica, mas, antes de tudo, de segurança. Infelizmente, o Irã entra na lista de países onde os acidentes aéreos não são raridade.
Mas agora, com a aprovação do acordo e o levantamento das sanções, a situação da aviação civil do Irã poderá mudar. A frota do país será modernizada e, pouco a pouco, os antigos aviões serão movidos dos aeroportos para museus.
Eis o que diz o deputado da câmara baixa do parlamento russo Vladimir Gutenev: "Eu não tenho dúvida de que o Irã começará a diversificar a sua frota. E o maior concorrente político e econômico da norte-americana Boeing e da europeia Airbus (apesar de também existirem, por exemplo, a brasileira Embraer e a canadense Bombardier), é o nosso avião russo. Por enquanto trata-se do SSJ-100, mas, acredito que em breve poderemos oferecer também o MC-21. Numa primeira etapa nós podemos oferecer até cinco SSJ, com perspectiva de outras dez aeronaves".
Não há dúvidas de que a estreita cooperação econômica entre a Rússia e o Irã, inclusive no âmbito da aviação civil, representa um fator importante para o fortalecimento das relações entre dois países, o que também representa uma base para a segurança e estabilidade na região.