A documentação foi entregue à Agência de Notícias de Donetsk, segundo a qual o conteúdo do arquivo recebido contém relatos de testemunhas, materiais fotográficos, perícias médicas, protocolos de inspeção do local de acidente, entre outros.
“No aniversário de um ano da queda do Boeing 777 a procuradoria geral da RPD tornou públicos documentos sobre a investigação das causas da catástrofe” – informou a publicação.
Os materiais revelam ainda que dentre as muitas pessoas que presenciaram de alguma forma a tragédia, a grande maioria dos relatos aponta para a presença de uma segunda aeronave no local. Uma dessas testemunhas, inclusive, indica precisamente tratar-se de um avião cinza com motor a jato.
“Nesse momento eu escutei dois estalos no céu parecidos com explosões. Em seguida teve uma outra explosão forte. Ao olhar para cima eu vi despencando um grande avião que estava sem uma das asas, e que em seguida caiu em direção ao vilarejo de Grabovo, de onde começou a subir uma fumaça densa. Entre as explosões no céu e a queda do avião passaram-se cerca de 15–20 segundos” – cita um dos relatos da Procuradoria Geral da república divulgados nesta sexta-feira pela Agência de Notícias de Donetsk.
A procuradoria de Donetsk destacou que “a investigação deve ser dirigida para a verdade, e não para satisfazer interesses e ambições de terceiros”, e declarou estar disposta a colaborar em qualquer momento com o inquérito.
Há exatamente um ano, em 17 de julho de 2014, um avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17 entre Amsterdã e Kuala Lumpur caiu em Donetsk, no Leste da Ucrânia, área de intensos conflitos envolvendo grupos independentistas da região de Donbass e militares do Governo de Kiev. Todas as 298 pessoas a bordo da aeronave morreram no acidente.
Na quarta-feira (15) a Malásia introduziu no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a criação de um tribunal internacional de investigação do acidente do voo MH17.