O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o acordo alcançado nesta semana entre o sexteto (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) e o Irã ameaça a segurança de Israel, da região e do mundo inteiro.
Em entrevista ao canal de TV norte-americano CBS, o premiê declarou:
Esta declaração de Netanyahu não foi apoiada pelo secretário de Estados dos EUA John Kerry, que também fez declarações sobre o assunto neste domingo (19).
“Sabemos que o Irã com armas nucleares, e sem elas — são dois países diferentes. Acreditamos que este acordo torna a situação mais segura para o Oriente Médio, para Israel, para a região", disse ele.
No entanto, Kerry disse que os Estados Unidos podem tomar medidas contra o Irã não só com seus aliados, mas também unilateralmente, se este último violar o acordo nuclear.
“Continuamos a ser adversários, não somos aliados. Temos diferenças e não temos ilusões.”
John Kerry advertiu ainda de forma dura o Irã quanto ao enriquecimento de urânio.
“Eles [o Irã] voltarão a enriquecer urânio, o que com grande possibilidade resultará na guerra”.
Israel, por sua vez, chamou o acordo alcançado de “erro histórico e capitulação do Ocidente face ao Irã”, que, segundo a posição israelense, tenta obter armas nucleares e estabelecer a hegemonia no Oriente Médio.
Enquanto isso, o acordo em questão tem o objetivo de assegurar que o Irã não tem armas nucleares e, segundo declarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a partir de agora existe a certeza de que "o programa nuclear do Irã será exclusivamente pacífico".