Tais conclusões foram apresentadas por investigadores de duas organizações britânicas, a Conflict Armament Research e a Sahan Research, que fizeram inquéritos nos casos em que os islamistas teriam empregado armamentos proibidos, segundo a CNN. Assim, este foi o primeiro caso documentado de uso das armas químicas pelo EI.
Em entrevista à Sputnik, Ghodrat Ahmadian, especialista em relações internacionais, professor da Universidade Razi comentou:
“O problema do uso dos armamentos químicos no Médio Oriente é urgente já há muitos anos. Na história regional contemporânea o tema começou a ser discutido desde a crise síria, quando o Ocidente condenou Damasco oficial por uso de armamentos químicos contra “a oposição armada”. No entanto, parecia que o problema de emprego das armas químicas havia sido resolvido. Os EUA exprimiram um zelo particular, pressionando a comunidade internacional, dizendo que o regime de Bashar Assad poderia empregar estas armas. Embora não houvesse nenhumas provas de tal uso, mesmo assim, o desarmamento químico se realizou na Síria”.
Além disso, o especialista afirma que o nível da ameaça do EI vai aumentar:
“Agora aparecem evidências de que terroristas têm armamentos químicos, o que significa que suas ameaças de ataques à escala global podem se tornar realidade”.
Comentando a questão da origem das armas, Ghodrat Ahmadian disse o seguinte:
“Provavelmente, os militantes se apoderaram de usinas das armas químicas (já encerradas) e das tecnologias correspondentes e começaram a produção. No entanto, é possível que os armamentos tenham origem estrangeira”.
“Mesmo se no futuro o EI não empregue os armamentos químicos, estes incidentes devem ser um sinal para a coalizão contra o grupo terrorista: é necessário cortar os fluxos financeiros ao Estado Islâmico”, conclui o especialista.