“Tenho grandes esperanças na cúpula de Paris. Tenho grandes esperanças de que um acordo fundamental seja alcançado. A Organização das Nações Unidas precisa adotar uma postura muito firme nisso", declarou o Papa Francisco.
O Pontífice afirmou que belos discursos podem ser feitos na cúpula de Paris, marcada para dezembro, mas nada mudará se a iniciativa não partir dos administradores das grandes e pequenas cidades, onde se desenvolvem a pobreza e a migração, ambas muitas vezes causadas, disse o Papa, pela desertificação do planeta e pelo aquecimento global.
“Por que estou apelando aos prefeitos? Porque a consciência sobre a defesa do meio ambiente implica em um trabalho que comece pelas periferias e caminhe em direção ao centro, até a consciência da humanidade”, argumentou o líder do catolicismo.
A Igreja Católica lançou em junho a encíclica “Laudato si”. Segundo Papa Francisco, o documento não é verde, mas social, já que os problemas ambientais causam pobreza em todo o mundo. O texto, considerado por muitos especialistas como revolucionário, chama os fieis a assumirem a causa ecológica e a pressionarem os líderes mundiais a atitudes concretas pelo meio ambiente.