Rússia exige da França devolução dos sistemas de comunicação dos navios Mistral

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Rússia e França realizaram uma nova rodada de consultas sobre a situação em torno dos porta-helicópteros de classe Mistral, além de discutir o retorno a Moscou dos equipamentos de comunicação russos instalados nos Mistrais. A informação foi divulgada por uma fonte da área de cooperação técnico-militar.

Porta-helicópteros Vladivostok, da classe Mistral - Sputnik Brasil
Rússia e França preparam novo acordo sobre navios Mistral
"Na nova rodada de consultas, realizada esta semana em Moscou, foram discutidas questões de força maior relacionadas com o retorno para a Rússia de equipamentos já instalados a bordo dos navios", disse a fonte.

Anteriormente, foi informado que a Rússia e a França já teriam preparado um acordo sobre o porta-helicópteros Mistral, que seria assinado após a aprovação pelos governos dos dois países.

O conselheiro do Kremlin para a cooperação militar, Vladimir Kozhin, por sua vez, anunciou previamente que os dois países estão prestes a concluir as negociações sobre o Mistral e em breve vão assinar um acordo sobre devolução do dinheiro transferido por Moscou pela compra dos navios.

Two Mistral-class helicopter carriers Sevastopol (L) and Vladivostok are seen at the STX Les Chantiers de l'Atlantique shipyard site in Saint-Nazaire, western France, May 21, 2015. - Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Marinha do Brasil desmente revista americana e nega interesse pelos navios Mistral
Rússia e França assinaram um contrato no valor de US $1,3 bilhão para a entrega de dois navios de assalto anfíbios da classe Mistral. A entrega das embarcações foi adiada até o fim de 2014 depois que Paris acusou a Rússia de interferir na crise e na guerra civil ucraniana — alegações que Moscou nega seguidamente.

O acordo foi suspenso em maio e agora a França tem de devolver o dinheiro. Vender os navios a terceiros países é uma tarefa complicada, uma vez que a França precisa de uma permissão de Moscou para fazer isso. A Rússia tem afirmado repetidamente que não iria permitir tal solução, porque os Mistrais foram personalizados especificamente para a Marinha russa, tornando esta uma questão de segurança nacional. 


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