Jornalista italiano processará ministério da Estônia

© Foto / FlickrGiulietto Chiesa
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Na tarde da quarta-feira (22), o Tribunal Administrativo de Tallinn acabou por não satisfazer a queixa formal do jornalista italiano, quem ficou proibido de visitar a Estônia no início do ano.

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Giulietto Chiesa, jornalista e ativista político, irá processar o Ministério do Interior estoniano por difamação, um meio ano depois de um evento que não conseguiu realizar na capital desse país por ter sido bloqueado na fronteira.

Chiesa chegou à Estônia em 12 de dezembro de 2014 para participar de um evento organizado pelo clube Impressum. Foi detido no mesmo dia no hotel e levado para a delegacia, onde foi-lhe dado a ordem de abandonar o país.

Devia ser a terceira participação do jornalista italiano do evento, depois de 2008 e 2011.

Segundo disse o próprio Chiesa em entrevista à Sputnik, as autoridades estonianas estavam preocupadas pelo tema da palestra que devia dar, “Deve a Europa ter medo da Rússia?”.

“As motivações desta recusa [de visitar o país] – que essencialmente é uma decisão ilegal, executada em violação das mais elementares normas de respeito dos direitos humanos – ainda não foram comunicadas. Mas a substância é clara: um ato arbitrário foi cometido contra um cidadão europeu, impedindo-lhe de fazer uma palestra que tinha o seguinte título perigosíssimo: “Deve a Europa ter medo da Rússia?"

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O jornalista acrescentou que não consegue ver mais causas que poderiam ter levado à sua deportação:

“Eu teria constituído (por um tempo, sei lá porque, por um período de um mês) uma ameaça para a Estônia, já que eu propunha “reconstruir, com todos os meios, a União Soviética”. Um plano deste gênero não é realizável em um mês. E daí, por que só limitar a minha expulsão a um mês e não fazê-la permanente? É um mistério. Mas era preciso apresentar esta acusação. E é preciso acumular as provas. Obviamente, estas provas, seja para um mês, seja para a eternidade, não existem”.

Agora, Chiesa prepara uma ação para processar o Ministério do Interior da Estônia, que além de satisfazer a sua apelação, não apresentou os fundamentos para a deportação ocorrida há quase oito meses.

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