No início do mês, a Malásia apresentou o projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU pedindo a criação de um tribunal independente no âmbito da organização internacional para identificar e julgar os responsáveis pela suposta derrubada do avião.
"Nós [a Rússia] votaremos contra [o projeto de resolução], não tenho dúvida. Se a resolução receber nove ou mais votos, será um veto. Se ganhar menos de nove votos, será apenas o voto ‘Não’ da Rússia junto com alguns outros membros do Conselho de Segurança. Infelizmente, eu acho que nove votos são prováveis de serem recebidos", disse Churkin em entrevista coletiva.
Segundo Moscou, a iniciativa da Malásia, um ano após a tragédia que matou todas as 298 pessoas a bordo da aeronave civil, é “contraproducente e extemporânea”. A Rússia afirma, particularmente, que não faz parte das atribuições do Conselho de Segurança a criação de tribunais penais.
Nas palavras do cientista político russo Nikolay Starikov:
“O que o Ocidente propõe é, em primeiro lugar, estabelecer um tribunal e depois disso realizar uma investigação. Porém, segundo as normas internacionais, tudo deve ser feito ao contrário. O Ocidente nomeou o culpado antecipadamente – é a Rússia. Ele precisa retirar do processo o maior número possível de vantagens políticas. Por isso eles propõem estabelecer este tribunal”.