"Mais de 80% dos programas gerais de saúde apoiados por parceiros humanitários estão agora fechados, impactando diretamente um milhão de pessoas".
Segundo a coordenadora humanitária das Nações Unidas para o Iraque, Lise Grande, justo no momento em que o povo iraquiano mais necessita de ajuda, ele está sendo deixado de lado.
A previsão oficial é a de que a suspensão de tantos serviços implicará imediatamente sobre o estado de saúde de 500 mil crianças, que deixarão de ser imunizadas e ficarão expostas a surtos de sarampo e ao ressurgimento da poliomielite.
No último dia 4 de junho, a ONU lançou um apelo para arrecadar pelo menos meio bilhão de dólares para reduzir as consequências da crise humanitária provocada pelos conflitos no Iraque, onde mais de 3 milhões de pessoas já foram deslocadas desde o início de 2014. De acordo com a organização, vários programas para fornecimento de água, comida, saneamento e itens de higiene já foram interrompidos, mas os cortes devem prosseguir nas próximas semanas, atingindo outras áreas, como a de assistência às mulheres e crianças que foram vítimas de violência sexual durante os conflitos.