Autoridades turcas têm retratado os ataques aéreos no Iraque contra os curdos e na Síria contra o Estado Islâmico como uma ação decisiva para proteger a democracia turca contra o terrorismo e mudar a dinâmica desfavorável na região. Segundo elas, a ação contra o PKK foi uma resposta necessária a atos recentes de violência. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, também acusou o grupo rebelde curdo, considerado pela Turquia e pelos EUA como terrorista, de não manter seu compromisso de retirar homens armados do território turco e se desarmar.
Mas atacar a base do PKK na montanhosa região de Qandil, no Iraque, foi uma escalada que pode dificultar a retomada no processo de paz. O PKK já decretou o fim de um cessar-fogo.
As ações ocorrem após grandes ganhos políticos para os curdos na Turquia, cujo principal partido político, o HDP, conseguiu pela primeira vez superar a cláusula de barreira de 10% para entrar no Parlamento, nas eleições de junho.
fonte: Estadão Conteúdo