Outras oito ex-autoridades da Líbia foram igualmente condenadas a serem fuziladas. Entre eles, estão o ex-chefe de inteligência, Abdullah al-Senussi, e o ex-primeiro-ministro Baghdadi al-Mahmoudi. A Justiça ainda sentenciou mais oito ex-funcionários do governo à prisão perpétua e sete a 12 anos de cadeia, relatou o investigador-chefe da procuradoria de Trípoli, Sadiq al-Sur.
Todos os condenados estão presos, à exceção de Saif al-Islam. O filho de Khaddafi é mantido por um grupo rebelde, na região de Zintan, desde que seu pai foi morto durante a revolução. Em 2013, ele chegou a ser levado a um tribunal da localidade em um outro processo.
Embora ainda caiba recurso da sentença de morte, o Tribunal Penal Internacional e ONGs de defesa dos direitos humanos se mostraram preocupados com a possível parcialidade do julgamento. A expectativa é que a Suprema Corte da Líbia confirme a condenação fatal por fuzilamento.
Muammar Khaddafi foi assassinado em 2011, logo após revoltas no país que aconteceram após a OTAN liderar uma missão para destituí-lo do poder. A queda do presidente provocou uma gravíssima crise humanitária na Líbia. Atualmente milhares de líbios atravessam o mar Mediterrâneo clandestinamente, em embarcações precárias, em direção ao sul da Europa. Muitos barcos naufragam provocando a mortes da maioria de seus ocupantes.