“Agora o segredo foi revelado: tenho um novo filme”, disse ele durante a coletiva de imprensa on-line, sublinhando que a estreia do filme acontecerá no Festival de Cinema Internacional em Toronto, no Canadá, entre 10 e 20 de setembro.
“A questão dos Estados Unidos numa guerra infinita foi o que me interessou durante algum tempo e garantiu a sátira necessária para este filme”.
Segundo as palavras de Moore, não é possível dizer que a obra foi inspirada apenas em uma das aventuras militares norte-americanas. Ele constatou que, após o ataque contra o World Trade Center em 11 de setembro de 2001, “é preciso ter sempre um inimigo”.
“’Onde está o nosso próximo inimigo?’ – e assim podemos sustentar o nosso complexo industrial-militar e apoiar empresas que fazem muito dinheiro no negócio”, explicou Moore.
Nos seus trabalhos, realizados no género de sátira social e política, Moore critica o capitalismo, o neoliberalismo, a globalização, as corporações e os políticos americanos.
No contexto desta história vale lembrar o aparecimento do presidente americano Barack Obama num episódio do show televisivo The Daily Show, também de sátira política.
“Em que time estamos no Oriente Médio?”, perguntou ao presidente estadunidense o apresentador do show Jon Stewart, sublinhando que os EUA de fato lutam contra o EI no Iraque junto com os grupos apoiados pelo Irã e, ao mesmo tempo, apoiam a campanha militar realizada pela Arábia Saudita contra os rebeldes houthis pró-Irã no Iêmen.
“Não é bem isso, mas não faz mal”, respondeu Obama tentando esconder uma risada.
“Quem estamos bombardeando?”, perguntou Stewart fazendo Obama soltar uma gargalhada.