Embargo russo mostra ineficácia do setor agrícola da UE

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A proibição imposta pela Rússia das importações de alimentos provenientes da UE desestabilizou os mercados europeus, escreve o diário francês Le Croix.

No ano passado, o governo russo proibiu as importações de certos produtos alimentares provenientes de um número de países europeus, em resposta às sanções anti-russas impostas anteriormente pelos Estados Unidos e a União Europeia.

A lista de produtos que foram inicialmente proibidos de ser importados pela Rússia em agosto de 2014 inclui carne, peixes, frutos do mar, produtos lácteos, frutas e legumes. 

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Como resultado, os produtores agrícolas franceses, em particular, sentiram o impacto negativo dessas medidas econômicas.

"Em 2014, as medidas de retaliação tomadas pela Rússia levaram a França a diminuir a exportação de produtos agrícolas em 23 por cento, para 585 milhões de euros, em comparação com os 760 milhões em 2013", informou Le Croix.  

Este ano a França está também a ver uma severa queda nas vendas de carne e produtos lácteos nacionais. No passado, parte destes produtos era vendida para o mercado russo. 

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O embargo russo coincidiu com um dos piores momentos para a economia francesa e agravou ainda mais a crise interna no país. O embargo causou o excesso de produção de alimentos nos mercados europeus, o que levou a um declínio nos preços dos alimentos. E os preços baixos dos alimentos, por sua vez, causaram uma crise no setor agrícola.

Em outras palavras, o embargo russo veio pôr em destaque as grandes dificuldades no sector agrícola francês, a sua incapacidade de sobreviver quando os preços estão em constante flutuação e o país não consegue manter a estabilidade de preços para apoiar os produtores nacionais, escreve o jornal.

Em junho, o governo russo anunciou uma extensão do embargo para os alimentos dos países europeus por mais um ano, na sequência da decisão da União Europeia de prolongar as sanções impostas à Rússia.

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