No entanto, como os preços do petróleo se estabeleceram em um patamar um pouco superior ao de então e como as restrições não surtiram os efeitos desejados pelos países que as implantaram, o Banco Central vem gradativamente diminuindo as taxas de juros.
O BC russo também promoveu nesta sexta-feira cortes nas taxas de depósito e recompra, estabelecendo-as, respectivamente, em 10% e 12%. Em um comunicado, a instituição previu que inflação anual no país deverá cair para menos de 7% em julho em julho de 2016 e que atingirá a meta de 4% em 2017.
Ele ainda conta que o mesmo acontece quando há o inverso. Desta forma, segundo o professor, os empréstimos para os consumidores ficam mais caros, assim como a rolagem da dívida do cartão de crédito, por exemplo.
“Isoladamente, o ideal é sempre ter taxas básicas de juros baixas, porque elas desestimulam a especulação financeira, a ciranda de aplicações em busca de maiores rentabilidades e estimulam o investimento direto, que gera empregos, negócios e arrecadação tributária”, detalha Gilberto Braga.
Gilberto Braga ressalta, ainda, que Índia e China têm taxas básicas de juros baixas e que o movimento, agora, vem sendo feito pela Rússia, sendo o Brasil, entre os países emergentes, o que faz o caminho inverso. “Aparentemente, a situação russa permite esta redução.”
O Brasil aumentou esta semana a sua taxa básica de juros para 14,25%, o maior nível em nove anos. Foi a sétima alta seguida.