Nos últimos meses, a Europa tem enfrentado a maior onda de imigração ilegal em anos, com milhares de pessoas arriscando uma perigosa jornada marítima ao continente europeu para tentarem escapar da violência no norte da África e no Oriente Médio.
"A atual onda migratória [para a Europa] está enraizada na louca ideia [dos EUA] de invadir o Iraque, que supostamente possuiria armas de destruição em massa, mas nada foi encontrado", disse Zeman em uma entrevista à imprensa local.
Em março de 2003, uma coalizão liderada pelos EUA que inicialmente incluía a Grã-Bretanha, Austrália e Polônia invadiu o Iraque, utilizando a acusação a seu líder, Saddam Hussein, de apoiar o terrorismo e possuir armas de destruição em massa.
O desejo da comunidade internacional em "restaurar a ordem" na Líbia e na Síria resultou na escalada de conflitos em ambos os países, levando pessoas a deixarem suas casas, acrescentou o estadista.
"Não é apenas dos Estados Unidos a culpa por isso, pois alguns Estados membros da UE coordenaram operações contra a Líbia", disse Zeman.
Em 2011, enquanto começava a guerra civil na Líbia, uma coligação de vários Estados, que incluiu na sua maioria países membros da OTAN, deu início a uma intervenção militar no país com o objetivo de estabelecer um cessar-fogo imediato. A intervenção terminou com uma vitória decisiva da Aliança do norte, na escalada do conflito dentro do país e no posterior assassinato do líder líbio de longa data, Muammar Kaddafi.