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Jaques Wagner diz que prisão de José Dirceu pode prejudicar ambiente de negócios do país

© Tereza Sobreira / Ministério da DefesaMinistro da Defesa, Jaques Wagner
Ministro da Defesa, Jaques Wagner - Sputnik Brasil
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A prisão do ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente do PT – Partido dos Trabalhadores, José Dirceu, num dos desdobramentos da 17.ª fase da Operação Lava Jato, poderá repercutir negativamente no ambiente de negócios do país. A opinião é do ministro da Defesa, Jaques Wagner.

O Ministro Jaques Wagner falou à imprensa após reunião da Coordenação Política, na manhã desta segunda-feira (3) em Brasília, com a Presidenta Dilma Rousseff. Ele disse estar pessoalmente preocupado, pois no momento é preciso apresentar aos investidores um ambiente de estabilidade para a retomada do crescimento do Brasil.

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“Eu vou me manter na minha posição de preocupação de que nós precisamos ter dois canais paralelos”, afirmou Wagner. “As investigações seguem e o país também segue com suas empresas funcionando e com a economia funcionando. Eu acho que o ambiente é que precisamos tentar melhorar, para estimular investidores e a própria economia crescer.”

Jaques Wagner afirmou, no entanto, que a prisão de José Dirceu não foi o foco da reunião com a presidente. De acordo com ele, 90% do encontro foram para falar sobre a retomada dos trabalhos do Congresso Nacional e a pauta de interesse do Governo, com foco nos projetos de ajuste econômico.

Conforme a Justiça Federal do Paraná, José Dirceu é investigado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, já que a empresa do ex-ministro, a JD Consultoria, teria como clientes empresas que desviaram dinheiro da Petrobras. José Dirceu teria cometido os crimes enquanto ainda chefiava a Casa Civil, durante o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

José Dirceu teria ainda se beneficiado, segundo a Justiça, mesmo durante e após o julgamento do chamado Mensalão do PT, quando foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crime de corrupção ativa, por ter sido o mentor de um esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do ex-Presidente Lula.

Desde novembro de 2014 o ex-Ministro José Dirceu estava cumprindo a pena de 7 anos e 11 meses de prisão em regime domiciliar.

O Partido dos Trabalhadores divulgou nota, nesta segunda-feira (3), em que reafirma que as doações feitas à legenda aconteceram dentro da legalidade. O PT também nega as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou que tenha participado de qualquer esquema de corrupção.

A nota oficial do Partido diz, na íntegra, o seguinte:

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“O Partido dos Trabalhadores refuta as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou participado de qualquer esquema de corrupção. Todas as doações feitas ao PT ocorreram estritamente dentro da legalidade, por intermédio de transferências bancárias, e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.”

Quem assina a nota é Rui Falcão, presidente nacional do PT.

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