O Ministro Jaques Wagner falou à imprensa após reunião da Coordenação Política, na manhã desta segunda-feira (3) em Brasília, com a Presidenta Dilma Rousseff. Ele disse estar pessoalmente preocupado, pois no momento é preciso apresentar aos investidores um ambiente de estabilidade para a retomada do crescimento do Brasil.
Jaques Wagner afirmou, no entanto, que a prisão de José Dirceu não foi o foco da reunião com a presidente. De acordo com ele, 90% do encontro foram para falar sobre a retomada dos trabalhos do Congresso Nacional e a pauta de interesse do Governo, com foco nos projetos de ajuste econômico.
Conforme a Justiça Federal do Paraná, José Dirceu é investigado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, já que a empresa do ex-ministro, a JD Consultoria, teria como clientes empresas que desviaram dinheiro da Petrobras. José Dirceu teria cometido os crimes enquanto ainda chefiava a Casa Civil, durante o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
José Dirceu teria ainda se beneficiado, segundo a Justiça, mesmo durante e após o julgamento do chamado Mensalão do PT, quando foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crime de corrupção ativa, por ter sido o mentor de um esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do ex-Presidente Lula.
Desde novembro de 2014 o ex-Ministro José Dirceu estava cumprindo a pena de 7 anos e 11 meses de prisão em regime domiciliar.
O Partido dos Trabalhadores divulgou nota, nesta segunda-feira (3), em que reafirma que as doações feitas à legenda aconteceram dentro da legalidade. O PT também nega as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou que tenha participado de qualquer esquema de corrupção.
A nota oficial do Partido diz, na íntegra, o seguinte:
Quem assina a nota é Rui Falcão, presidente nacional do PT.