A situação pode mudar em menos de dois meses. Na segunda-feira (3), o presidente da Generalitat (governo regional), Artur Mas, assinou o decreto que formaliza as eleições antecipadas regionais que terão lugar em 27 de setembro deste ano.
E no passado mês de julho, estas eleições foram batizadas de "plebiscitárias". Artur Mas (do partido CDC, Convergència Democrática de Catalunya) fez um pacto com o seu principal adversário, o também independentista Oriol Junqueras (ERC, Esquerra Republicana de Catalunya), para organizar uma "lista unitária". A lista funciona como candidato coletivo nesta campanha eleitoral, que formalmente começará no dia 11 de setembro, dia da principal festa catalã, a Diada.
Para o próprio Oriol Junqueras, a separação da Espanha é perfeitamente viável para a Catalunha.
"Como independentista toda a vida, não será um tribunal espanhol quem me impedirá de alcançar a independência", afirmou Junqueras, falando aos jornalistas.
Comentando o fato de Artur Mas não destacar o caráter "plebiscitário" das eleições no seu decreto de ontem, o presidente do ERC frisou: "Somos nós, os cidadãos, que temos que convertê-las [as eleições] em plebiscitárias", sem advertir Madrid, porque o governo central nunca irá reconhecer tal desenlace, querendo 'impedir a independência" da Catalunha.