Moscou está decepcionada com recusa de Kiev em dialogar com sudeste da Ucrânia

© Sputnik / Evgeny Biyatov / Acessar o banco de imagensChanceler da Rússia, Sergei Lavrov.
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A Rússia está decepcionada com o fato de Kiev não ter estabelecido até o momento presente um diálogo direto com as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, declarou nesta quarta-feira, 5, o ministro russo das Relações Exteriores Sergei Lavrov.

Nas suas palavras, o tema da regulação política na Ucrânia, nos moldes do processo de acordos de Minsk, encontra maiores dificuldades nas questões de estatuto especial da região de Donbass, reforma constitucional e eleições locais.

"Repito mais uma vez: em conformidade com os acordos de Minsk, tudo isso deve ser feito mediante consulta com os representantes de Donetsk e Lugansk. Para a nossa grande decepção, por enquanto, os contatos diretos sobre essas questões entre Kiev e Donetsk e Lugansk são claramente insuficientes" – declarou Lavrov em entrevista coletiva.

O ministro acrescentou que até agora não foi firmado um diálogo consistente no formato do grupo de contato sobre Ucrânia.

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"Eu não quero acusar ninguém, mas os independentistas fizeram a sua parte, e agora as negociações do grupo empacaram por conta de certas oscilações por parte de representantes do governo ucraniano. No entanto, a nossa avaliação (…) é de que a situação é superável" – disse Lavrov.

Na terça-feira, 4, o grupo de contato trilateral para a regulação da situação na Ucrânia, composto pela Rússia, Ucrânia e a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), não conseguiu acordar, em Minsk, o texto sobre a retirada de armamentos de calibres inferiores a 100 mm da linha de separação de forças em Donbass.

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Uma fonte ligada ao processo das negociações revelou à Sputnik que o documento foi vetado pela recusa de Kiev em retirar seus armamentos de quantos pontos da região, enquanto que as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk insistem na retirada de toda a linha do conflito.

Desde meados de abril de 2013 a Ucrânia começou a realizar uma operação militar para atacar as forças independentistas no leste da Ucrânia. Estas não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev.

A operação militar continua apesar dos Acordos de Minsk alcançados entre as partes, que preveem a retirada de tropas, o cessar-fogo e a descentralização do poder. Segundo os últimos dados da ONU, mais de seis mil civis já foram vítimas mortais deste conflito.

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