Os manifestantes verteram pintura vermelha e perto da entrada principal do hotel e colocaram na pintura brinquedos para crianças. Isto devia atrair atenção dos representantes da OSCE ao fato que a população civil de Donetsk, apesar da trégua, ainda sofre dos bombardeamentos realizados pelas Forças Armadas ucranianas.
“O vosso silêncio está matando crianças”, diz-se num dos cartazes nas mãos de manifestantes.
“Se apenas a OSCE monitorasse a situação de uma maneira mais objetiva, teríamos paz aqui há muito tempo… Os monitores da OSCE não nos dizem nada, só dizem que irão fazer protocolos e nada mais”, disse um dos manifestantes, citado pela Agência de Notícias de Donetsk.
Outro participante do protesto da cidade de Gorlovka critica os representantes da OSCE por terem a boca fechada quando o exército ucraniano estavam reduzindo a sua cidade a escombro.
Os representantes da OSCE saíram para conversar com os residentes de Donetsk. Neste momento forma-se um grupo de iniciativa que irá apontar todas as exigências dos manifestantes e apresentará a lista à OSCE.
Além disso, um representante do Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk disse à RIA Novosti que a missão da OSCE planeja visitar a aldeia de Primorskoe que fica perto da linha de contato entre as tropas ucranianas e as milícias para fixar os danos que surgiram na sequência de bombardeios por parte do exército da Ucrânia.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.
Segundo os dados da ONU, o conflito já levou as vidas de cerca de 6,5 mil pessoas.