Brasileiros estão mais satisfeitos, mas aeroportos do país ainda têm problemas

Faltando um ano para a Olimpíada do Rio de Janeiro, a avaliação positiva ganha eco na Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (ANDEP). O representante e advogado da entidade, Marcelo Santini, afirma que nos últimos meses houve uma leve queda no número de reclamações dos usuários.

No entanto, ele destaca que os problemas continuam acontecendo e que os passageiros ainda precisam recorrer ao judiciário para defenderem seus direitos. Santini explica que os principais aeroportos do país, como Guarulhos, Galeão e Brasília, possuem Juizados Especiais Cíveis que atendem tanto os brasileiros como os estrangeiros.

O advogado conta que são deficitários itens como o conforto na sala de embarque e desembarque, a limpeza e a restituição das malas. Sobre os aeroportos do Rio de Janeiro, ele destaca a quantidade de furtos de bagagem. “A Polícia Civil do estado está agindo e prendeu várias quadrilhas que atuavam dentro do aeroporto, inclusive contando com funcionários.”

A pesquisa avaliou 48 itens, em que os passageiros deram notas de 1 a 5. O destaque positivo foi um fator humano. A cordialidade dos funcionários do check-in mereceu 4,56. “O brasileiro tem essa característica”, afirma Marcelo Santini. Já o fator pior classificado foi o custo dos estacionamentos, com 2,41. “Os valores são muito altos, como também os da alimentação. Um cafezinho chega a custar R$ 7. O governo tem tentado diminuir os preços com novas concessões”, frisa o advogado da ANDEP.

Segundo a avaliação divulgada pela Secretaria de Aviação Civil, o aeroporto de Curitiba é o melhor do Brasil. Recife ficou na segunda posição, com Campinas em terceiro. Os terminais do Rio de Janeiro, Galeão e Santos Dumont, acabaram respectivamente na nona e na 11ª posição. Os que atendem a capital de São Paulo, Congonhas e Guarulhos, terminaram em sétimo e em 13º, pela ordem.