Andrzej Duda chamou a atenção ao fato de que ele queria decisivamente realizar as promessas que fez durante a campanha eleitoral.
A maior parte do discurso foi dedicada à imigração dos polacos e ao desemprego no país. Vale lembrar que 15-20 milhões dos polacos vivem fora da Polônia porque não há restrições para o emprego em outros países da União Europeia. Neste momento, poloneses representam a minoria mais numerosa na Irlanda e Islândia, ocupam o segundo lugar na Alemanha e o terceiro – na Grã Bretanha. Duda apelou aos poloneses para voltar à pátria.
“É preciso aumentar a presença da OTAN nesta parte da Europa, incluindo o nosso país”, disse o presidente.
Aparentemente, Duda quer continuar a linha política do ex-presidente Lech Kaczynski que faleceu no acidente aéreo perto de Smolensk. Assim, Duda quer fazer a Polônia líder da Europa de Leste e Sul.
Falando das relações russo-polonesas Tadeusz Iwinski, deputado do Sejm, Câmara Baixa do parlamento da Polônia, fez notar que os poderes do presidente são limitados pela Constituição, isto é, ele pode somente cooperar com o governo e o Ministério das Relações Exteriores. Embora o presidente não tenha mencionado a Rússia durante o discurso, o deputado considera que a política poderia se alterar.
“Quase todos na Polônia acreditam que a Rússia anexou a Crimeia, violou o direito internacional e não respeita a integridade da Ucrânia”.
No entanto, especialistas poloneses acreditam que, caso Duda realmente se revele um grande político, o novo presidente haverá de reverter essa atitude. Aliás, a Rússia está disposta para isso. Nesta segunda-feira (3) o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov declarou que Moscou espera formar laços de boa vizinhança mutuamente benéficos com a Polônia.