Rússia nega ligações do presidente sírio com o Estado Islâmico

© AP PhotoDuas bandeiras nacionais da Síria e os funcionários do governo incepcionando os danos na cidade de Homs, Síria
Duas bandeiras nacionais da Síria e os funcionários do governo incepcionando os danos na cidade de Homs, Síria - Sputnik Brasil
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A Rússia rejeita a possibilidade de uma alegada cooperação do presidente sírio, Bashar Assad, com o grupo terrorista Estado Islâmico, segundo declarou o chanceler russo.

Em entrevista ao canal de televisão Rossiya-1, o ministro do Exterior russo Sergei Lavrov falou dos "padrões duplos" por parte dos parceiros ocidentais.

"Quando se tratou de eliminar as armas químicas, Assad era um parceiro perfeitamente legítimo, mas agora, para a luta contra o terrorismo, pelos vistos já não é”. 

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Departamento do Estado: Ataques aéreos dos EUA na Síria não requerem base jurídica
Lembramos que o acordo entre Rússia e EUA sobre o desarme químico da Síria foi firmado no dia 14 de setembro de 2013. O acordo aconteceu enquanto Washington ameaçava tomar ações militares contra o regime de Assad. Desde então as partes continuam negociando, com o alvo de determinar os culpados em uso de armas químicas na Síria e leva-las à justiça.

Enquanto isso, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), 97,8% dessas armas já foram retiradas do território sírio. A estimativa das autoridades é a de que o processo de destruição desse arsenal seja finalizado até setembro deste ano.

"Há muitas coisas estranhas, muitas especulações, tentam até apresentar a questão como se Assad praticamente cooperasse com o Estado Islâmico. Não há nada que prove isso. O senso comum diz que tal não pode acontecer", disse Lavrov.

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EUA querem Rússia mais envolvida na luta contra o Estado Islâmico
O chefe do exterior russo comentou o assunto após o Departamento de Estado norte-americano ter culpado na quinta-feira o presidente da Síria, Bashar Assad, pela intensificação da ação dos terroristas do EI na Síria:

"O regime de Assad francamente é a raiz de todo o mal nesta região… e tem sido um instrumento na criação de uma espécie de terra sem lei para norte, onde o EI tem sido capaz de se implantar e alargar as suas raízes."

Lavrov também sugeriu que os EUA poderiam tornar a luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico mais eficaz através de "de dois caminhos": a criação de uma ampla coalizão, proposta pelo presidente russo Vladimir Putin, e o apoio ao processo político.

"A iniciativa do nosso presidente interessa a todos. Ela prevê a criação de uma coalizão de pessoas que já conduzem combates em terra e que consideram o EI inadmissível. Em vez de saldar contas com alguém é preciso primeiramente combater a ameaça comum e depois chegar a um acordo sobre o modo de viver no seu próprio país."

O Estado Islâmico é um movimento extremista reconhecido como organização terrorista, proibido na Rússia e em uma série de outros países.

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