Quem os vier a comprar poderá vendê-los à Rússia e, neste caso, a França deve fazer um bom desconto para achar um comprador.
O analista Jacques Martinez escreveu que a parte francesa continua tentando desembaraçar-se dos porta-helicópteros, cujo equipamento russo foi retirado.
Entre os possíveis compradores foram mencionadas o Canadá, a Índia, Singapura e a China, refere o autor do artigo.
Se o Canadá, que integra a OTAN, comprar os Mistrais, provavelmente não os venderá. Mas se a China os comprar, país agora aliado da Rússia, é muito possível que Moscou receba os navios por preço mais baixo do que estava previsto no contrato com a França.
Na quarta-feira passada (5), foi relatado que o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo francês, François Hollande, decidiram rescindir o contrato sobre a construção e entrega dos dois Mistrais. Embora o valor do reembolso total ainda não tenha sido divulgado, o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, disse que a França já tinha feito um primeiro pagamento no montante nada menos que 1,2 bilhões de euros (1,32 bilhões de dólares) para um banco russo.
Só depois disso tentará vender as embarcações o mais breve possível, visto que, cada mês que passa, a França perde com os navios entre 1 a 5 milhões de euros em gastos de manutenção.