A declaração veio em meio de especulações sobre a possibilidade de participação da presidente nos eventos comemorativos da Segunda Guerra Mundial e da vitória chinesa na Segunda Guerra Sino-Japonesa.
Enquanto isso, no sábado, 8 de agosto, a agência noticiosa japonesa Kyodo divulgou a informação de que a administração norte-americana teria exigido de Park Geun-hye não participar na parada.
A Casa Branca ameaça que o mundo poderia considerar que a China destruiu a aliança entre os EUA e a Coreia do Sul.
O chefe do Centro de Pesquisas Coreanas do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências russa, Aleksandr Vorontsov, fez o paralelo com a situação quando os EUA fizeram pressão sobre líderes ocidentais para eles não participarem na Parada da Vitória realizada em 9 de maio em Moscou.
Na altura, a atual política ocidental em relação à Rússia privaram muitos da possibilidade de visitar Moscou e de reconhecer a contribuição do Exército Vermelho para a vitória sobre fascismo durante a Segunda Guerra Mundial:
“A história parece se repetir. É muito estranho que Seul ainda não tenha decidido se a presidente da Coreia do Sul visitará Pequim ou não.[…] E o fato de que a questão ainda não foi decidida, claro, pode ser provocado pela pressão exagerada de Washington em Seul.”
O vice-decano do Instituto das Relações Exteriores da Universidade do Povo da China, Jin Canrong, comentou a situação à Sputnik:
“A China quer sublinhar que no seu território aconteceram acontecimentos maiores da guerra contra fascismo no Oriente, semelhante ao da União Soviética, que foi participante importante da resistência militar ao fascismo no Ocidente. Mas a vinda de representantes estrangeiros não tem uma importância tão grande para a China. Se a líder da Coreia do Sul vier à Pequim, nós, claro, vamos saudar a decisão. Mas se não, tudo bem.”
A publicação chinesa opina que a questão é vista por Washington através da cooperação militar com o Japão. Na semana passada, o chanceler chinês, Wang Yi, declarou após o encontro com o seu colega norte-americano, John Kerry, que o presidente dos EUA, Barack Obama, ainda não tomou a decisão quanto à participação nos eventos em Pequim.
A agenda do premiê do Japão, Shinzo Abe, não inclui qualquer visita à China, segundo divulgou Wang Yi.